Hoje, 15 de novembro
de 2017, quarta-feira.
Terceiro dia da
novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós...
Decidi ainda agora
escrever sobre essa experiência que está sendo essa novena, então simbora.
Começar dizendo por que
resolvi ir pra igreja.
Quando meu ultimo
namoro acabou, eu entrei num desespero muito grande... Foram ditas muitas coisas
que me deixaram ainda mais desesperada. A principal delas foi ser culpada por
um mal estar que hoje é um puta de um incomodo.
Como eu não podia
mais ajudar em nada, resolvi conversar com São Judas Tadeu: Que ele
intercedesse por mim a Deus, para que esse incomodo sumisse. Fizemos nosso
trato, eu iria pelo menos uma vez ao mês na igreja, preferencialmente dia 28.
Começou em agosto.
O primeiro dia que
fui, me senti um tanto deslocada, devido a grande quantidade de tempo que eu
não ia à igreja. Chamei Clara e partimos.
Mas como sempre, nós
duas juntas só sabemos ver o que não gostamos e assim não conseguimos, dessa
vez, participar da Santa Missa. Mas beleza. Deu pra eu conversar com Deus de
uma forma um pouco mais intima do que tinha sido anteriormente... A partir
desse dia, as minhas orações não são as mesmas... Na maioria das vezes, o único
pedido é pra que esse incomodo suma de uma vez por todas. Beleza, beleza.
Chegou o segundo dia
28 (de setembro), Clara não pode ir comigo, fui sozinha. Eu e Deus...
Literalmente... Uma missa completamente diferente da outra, chegar e sentir a presença
de Deus naquele espaço. Eu, desde que participava ativamente na comunidade em
Costa Bela, sempre tive uma coisa inexplicável com Adoração ao Santíssimo
Sacramento. NU! Nessa missa, ao fim, o padre andou pela nave da igreja com o
Ostensório... Nossa!!! Morri de tanto chorar e clamar a Deus a cura dessa
mulher e tentando, em meio ao choro, explicar pra Ele o que tinha acontecido,
que a culpa era minha mesmo e que eu precisava da ajuda dEle o quanto antes.
Foi muito emocionante, só que travei quando o Santíssimo passou por mim... Só
estendi meu braço, mas não consegui tocar... Isso me deixou muito mal... Mesmo!
Desde sempre, desde
quando me entendo por gente eu estava inserida em algum ministério dentro da
igreja. Maioria do tempo foi no canto, mas já fui da coordenação da Catequese,
Coordenadora dos Coroinhas, já fui coroinha, fui anjo Gabriel, Nossa Senhora...
Vish! Fiz de um tudo... E pra isso tive que estudar pra poder passar para
aquelas crianças o que era “certo e errado”. Tudo isso pra dizer que me senti
envergonhada por estar naquele espaço sabendo que sou pecadora, sabia que
estava pecando, mas mesmo assim, permaneci no pecado sem buscar a Deus.
Pensei nisso por dias
e mais dias, até que num domingo qualquer, decidi ir à comunidade perto da
minha casa pra ver como era, e porque a Marina disse que o canto era muito bom.
Fui. O canto não me agradou por completo, mas nos avisos a moça disse que na
quarta tinha Missa da novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Ta. Só mais
um aviso... Lembro que tinha essa novena em Jacaraípe... Mas eu nunca fui... Lá.
Na quarta seguinte,
fui eu.
Cheguei em cima da
hora, tinham duas senhoras na entrada entregando uns barbantes... Nem peguei...
Eu sei lá o que era isso... Tranquei a bike e sentei (no bando no corredor, porque
essa igreja está em reforma, e o presbitério é longe... Não consigo enxergar por
ser desprovida de altura). Já dei de cara com muitas senhorinhas.
EU AMO QUANDO
TEM MUITAS SENHORINHAS!!! NUUU!!!
Beleza... Começou a
Missa... Cantos antigos e as senhorinhas se “rasgavam” cantando... Eu fico toda
bobona... Guento não! Uahushuah
Tentei começar a me
concentrar naquele momento... Prestei atenção em tudo... Em todos... Até que
vi, no banco da frente, uma senhora com o barbante (Aquele que eu não peguei)
fazendo vários nós. Saquei qual era a do barbante... Durante a homilia fiquei
pensando quais eram os meus nós, para que eu os fizesse também durante a
missa... Coloquei a inquietação que já era minha também... Nem falei nada de
mim e nem da minha família... Revivi por várias vezes o momento em que me foi
dito que a culpa era minha e várias outras coisas que não quero lembrar agora e
fiz então, na minha cabeça, uns três nós. 1 – O incomodo; 2 – O mal estar
físico; 3 – o mal estar mental. Esses se tornaram a partir desse dia, os meus
três pedidos a Deus antes de deitar. No fim da homilia foi aceso um pequeno
caldeirão e foi formando uma fila ao som de uma das mais lindas canções que eu
já ouvi na vida... (Mandei logo um áudio pra Clara perguntando se ela
conhecia...).
As pessoas jogavam o
barbando com seus “nós” no fogo, para que fosse queimado e levado até Deus...
Quando eu entendi isso, fiquei emocionadíssima. Senti a presença dEle naquele
espaço de um jeito que eu não sentia a muito tempo. Muito tempo... Meu Deus do
céu!!! Obvio que chorei até não aguentar mais... Foi muito bonito.
Logo em seguida, no
momento das preces, o padre deixou em aberto, para que as pessoas pudessem
conversar com Deus em voz alta... Eis que uma linda senhorinha começa a
falar... Não lembro direito as palavras dela, mas foi algo do tipo “Não precisa
me levar agora, estou bem... Ilumina a minha família, eu os amo demais, e,
minhas dores, só alivia... Não precisa tirar não... Obrigada Jesus” EU MORRI DE
CHORAR!!!!
Antes da benção final,
eis que o padre me pega o Ostensório! NUUU!!! Já vi que a noite seria de muitas
emoções. TEVE ADORAÇÃO!!!
Ele veio na minha
direção, eu ainda estava chorando, mas não conseguia parar de admirar aquele
momento de reencontro. Cantaram Eliana Ribeiro. Sim! Minha cantora Católica
preferida. Eu cantando “Mas eu voltei, pois eu sei que aqui é meu lugar. Mas eu
voltei, pois eu sei que sem Ti não posso ficar... (...) Recebe a minha
adoração, o meu coração. É o meu sagrado, o mais valioso que eu posso Te dar”. Enquanto isso o padre vindo pelo corredor central da igreja, segurando o ostensório... E ia se aproximando... E eu sem conseguir segurar o choro... Eis que estava na minha frente... Timidamente encostei... Que sensação deliciosa... 💙💙💙💙
Durante a missa não
desfoquei em nenhum segundo o principal motivo de eu estar ali e entreguei a
Nossa Senhora Desatadora dos Nós o meu nó. O nó da moça. Aquela Missa era
pra mim.
Saí de lá com o
coração transbordando amor... E com a certeza que voltaria.
A partir desse dia,
comecei a ir nos domingos também...
No sábado seguinte
era dia de São Judas Tadeu. 28 de outubro. Fui, como o prometido, em Costa
Bela... Levei direto pra São Judas o nó. Saí de lá entendendo que São Judas
entregou nas mãos de Nossa Senhora. Mãe né?! Até eu, que demoro a entender
algumas coisas, entendi que era pra eu me apegar na Mãe Santíssima.
Beleza...
Passou uma quarta e
eu não fui, acho que foi devido ao mau tempo, mas eu já tinha aprendido a
música linda da semana anterior...
Domingo fui pra
celebração, e na quarta fui pra novena... Sem vontade, mas fui... Fui porque só
conseguia sentir culpa e mais culpa e entendendo que só ali que eu talvez
conseguiria fazer com que esse desespero, tanto meu quanto da moça amenizasse, mesmo que pouco. O coração estava esmagado, depois de ler algumas
coisas que me fizeram pensar em várias coisas ruins... Os pensamentos estavam
perdendo o foco... Fazia sentir, mas não fazia sentido, mas ao mesmo tempo
fazia todo o sentido do universo.
Fui, peguei meu
barbante e dei meus três nós. Participei. Não cantaram a música bonita.
Decidi que iria prosseguir
na novena até que completassem os nove dias, e depois, se eu sentisse vontade
voltar, eu continuaria sem data... Sem números... Sem promessas...
No domingo seguinte,
fui a Missa com Clara na Sagrada Família, muito bonita por sinal, e hoje, foi o
3º dia que fui a Novena... Igreja cheia... Cheguei ao fim do Terço... Peguei logo
meu barbante, comecei minhas orações e dei meus três nós... Cantaram a música
bonita...