quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Nossa Senhora Desatadora dos Nós...

Hoje, 15 de novembro de 2017, quarta-feira.
Terceiro dia da novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós...
Decidi ainda agora escrever sobre essa experiência que está sendo essa novena, então simbora.
Começar dizendo por que resolvi ir pra igreja.
Quando meu ultimo namoro acabou, eu entrei num desespero muito grande... Foram ditas muitas coisas que me deixaram ainda mais desesperada. A principal delas foi ser culpada por um mal estar que hoje é um puta de um incomodo.
Como eu não podia mais ajudar em nada, resolvi conversar com São Judas Tadeu: Que ele intercedesse por mim a Deus, para que esse incomodo sumisse. Fizemos nosso trato, eu iria pelo menos uma vez ao mês na igreja, preferencialmente dia 28. Começou em agosto.
O primeiro dia que fui, me senti um tanto deslocada, devido a grande quantidade de tempo que eu não ia à igreja. Chamei Clara e partimos.
Mas como sempre, nós duas juntas só sabemos ver o que não gostamos e assim não conseguimos, dessa vez, participar da Santa Missa. Mas beleza. Deu pra eu conversar com Deus de uma forma um pouco mais intima do que tinha sido anteriormente... A partir desse dia, as minhas orações não são as mesmas... Na maioria das vezes, o único pedido é pra que esse incomodo suma de uma vez por todas. Beleza, beleza.
Chegou o segundo dia 28 (de setembro), Clara não pode ir comigo, fui sozinha. Eu e Deus... Literalmente... Uma missa completamente diferente da outra, chegar e sentir a presença de Deus naquele espaço. Eu, desde que participava ativamente na comunidade em Costa Bela, sempre tive uma coisa inexplicável com Adoração ao Santíssimo Sacramento. NU! Nessa missa, ao fim, o padre andou pela nave da igreja com o Ostensório... Nossa!!! Morri de tanto chorar e clamar a Deus a cura dessa mulher e tentando, em meio ao choro, explicar pra Ele o que tinha acontecido, que a culpa era minha mesmo e que eu precisava da ajuda dEle o quanto antes. Foi muito emocionante, só que travei quando o Santíssimo passou por mim... Só estendi meu braço, mas não consegui tocar... Isso me deixou muito mal... Mesmo!
Desde sempre, desde quando me entendo por gente eu estava inserida em algum ministério dentro da igreja. Maioria do tempo foi no canto, mas já fui da coordenação da Catequese, Coordenadora dos Coroinhas, já fui coroinha, fui anjo Gabriel, Nossa Senhora... Vish! Fiz de um tudo... E pra isso tive que estudar pra poder passar para aquelas crianças o que era “certo e errado”. Tudo isso pra dizer que me senti envergonhada por estar naquele espaço sabendo que sou pecadora, sabia que estava pecando, mas mesmo assim, permaneci no pecado sem buscar a Deus.
Pensei nisso por dias e mais dias, até que num domingo qualquer, decidi ir à comunidade perto da minha casa pra ver como era, e porque a Marina disse que o canto era muito bom. Fui. O canto não me agradou por completo, mas nos avisos a moça disse que na quarta tinha Missa da novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Ta. Só mais um aviso... Lembro que tinha essa novena em Jacaraípe... Mas eu nunca fui... Lá.
Na quarta seguinte, fui eu.
Cheguei em cima da hora, tinham duas senhoras na entrada entregando uns barbantes... Nem peguei... Eu sei lá o que era isso... Tranquei a bike e sentei (no bando no corredor, porque essa igreja está em reforma, e o presbitério é longe... Não consigo enxergar por ser desprovida de altura). Já dei de cara com muitas senhorinhas. 
EU AMO QUANDO TEM MUITAS SENHORINHAS!!! NUUU!!!
Beleza... Começou a Missa... Cantos antigos e as senhorinhas se “rasgavam” cantando... Eu fico toda bobona... Guento não! Uahushuah
Tentei começar a me concentrar naquele momento... Prestei atenção em tudo... Em todos... Até que vi, no banco da frente, uma senhora com o barbante (Aquele que eu não peguei) fazendo vários nós. Saquei qual era a do barbante... Durante a homilia fiquei pensando quais eram os meus nós, para que eu os fizesse também durante a missa... Coloquei a inquietação que já era minha também... Nem falei nada de mim e nem da minha família... Revivi por várias vezes o momento em que me foi dito que a culpa era minha e várias outras coisas que não quero lembrar agora e fiz então, na minha cabeça, uns três nós. 1 – O incomodo; 2 – O mal estar físico; 3 – o mal estar mental. Esses se tornaram a partir desse dia, os meus três pedidos a Deus antes de deitar. No fim da homilia foi aceso um pequeno caldeirão e foi formando uma fila ao som de uma das mais lindas canções que eu já ouvi na vida... (Mandei logo um áudio pra Clara perguntando se ela conhecia...).
As pessoas jogavam o barbando com seus “nós” no fogo, para que fosse queimado e levado até Deus... Quando eu entendi isso, fiquei emocionadíssima. Senti a presença dEle naquele espaço de um jeito que eu não sentia a muito tempo. Muito tempo... Meu Deus do céu!!! Obvio que chorei até não aguentar mais... Foi muito bonito.
Logo em seguida, no momento das preces, o padre deixou em aberto, para que as pessoas pudessem conversar com Deus em voz alta... Eis que uma linda senhorinha começa a falar... Não lembro direito as palavras dela, mas foi algo do tipo “Não precisa me levar agora, estou bem... Ilumina a minha família, eu os amo demais, e, minhas dores, só alivia... Não precisa tirar não... Obrigada Jesus” EU MORRI DE CHORAR!!!!
Antes da benção final, eis que o padre me pega o Ostensório! NUUU!!! Já vi que a noite seria de muitas emoções. TEVE ADORAÇÃO!!!
Ele veio na minha direção, eu ainda estava chorando, mas não conseguia parar de admirar aquele momento de reencontro. Cantaram Eliana Ribeiro. Sim! Minha cantora Católica preferida. Eu cantando “Mas eu voltei, pois eu sei que aqui é meu lugar. Mas eu voltei, pois eu sei que sem Ti não posso ficar... (...) Recebe a minha adoração, o meu coração. É o meu sagrado, o mais valioso que eu posso Te dar”. Enquanto isso o padre vindo pelo corredor central da igreja, segurando o ostensório... E ia se aproximando... E eu sem conseguir segurar o choro... Eis que estava na minha frente... Timidamente encostei... Que sensação deliciosa... 💙💙💙💙
Durante a missa não desfoquei em nenhum segundo o principal motivo de eu estar ali e entreguei a Nossa Senhora Desatadora dos Nós o meu nó. O nó da moça. Aquela Missa era pra mim.
Saí de lá com o coração transbordando amor... E com a certeza que voltaria.
A partir desse dia, comecei a ir nos domingos também...
No sábado seguinte era dia de São Judas Tadeu. 28 de outubro. Fui, como o prometido, em Costa Bela... Levei direto pra São Judas o nó. Saí de lá entendendo que São Judas entregou nas mãos de Nossa Senhora. Mãe né?! Até eu, que demoro a entender algumas coisas, entendi que era pra eu me apegar na Mãe Santíssima.
Beleza...
Passou uma quarta e eu não fui, acho que foi devido ao mau tempo, mas eu já tinha aprendido a música linda da semana anterior...
Domingo fui pra celebração, e na quarta fui pra novena... Sem vontade, mas fui... Fui porque só conseguia sentir culpa e mais culpa e entendendo que só ali que eu talvez conseguiria fazer com que esse desespero, tanto meu quanto da moça amenizasse, mesmo que pouco. O coração estava esmagado, depois de ler algumas coisas que me fizeram pensar em várias coisas ruins... Os pensamentos estavam perdendo o foco... Fazia sentir, mas não fazia sentido, mas ao mesmo tempo fazia todo o sentido do universo.
Fui, peguei meu barbante e dei meus três nós. Participei. Não cantaram a música bonita.
Decidi que iria prosseguir na novena até que completassem os nove dias, e depois, se eu sentisse vontade voltar, eu continuaria sem data... Sem números... Sem promessas...
(Nesse dia, a Sandy lançou uma música que se chama Nosso Nó(s))
No domingo seguinte, fui a Missa com Clara na Sagrada Família, muito bonita por sinal, e hoje, foi o 3º dia que fui a Novena... Igreja cheia... Cheguei ao fim do Terço... Peguei logo meu barbante, comecei minhas orações e dei meus três nós... Cantaram a música bonita...